terça-feira, 28 de setembro de 2010

Black Caesar (1973)



                       McKINNEY
              Besteira. Eles nunca aceitariam 
              um negro no sindicato.


                       TOMMY
              Todo mundo é liberal hoje em dia,
              McKinney. Aceite isto..

Sinopse
Tommy Gibbs é um garoto durão, crescido no gueto e que aspira a ser um chefão do crime. Revoltado com a sociedade racista em torno dele, ele vê a conquista do poder como a única solução para sua raiva. Depois de realizar vários trabalhos difíceis para o chefe de uma família mafiosa, ele é aceito relutantemente na "Família", onde  ele conquista cada vez mais poder. Ao conquistar sua independência ele irá iniciar uma guerra de gangues.


Direção: Larry Cohen


Roteiro: Larry Cohen


Elenco: Tommy Gibbs (Fred Williamson), Helen (Gloria Hendry), McKinney (Art Lund), Reverendo Rufus (D'Urville Martin), Mr Gibbs (Julius Harris), entre outros.


Infelizmente, não gostei muito não. Não consegui nem terminar de assistir. Chega um momento que a falta de ritmo incomoda bastante, apesar das cenas serem interessantes, os gancho entre elas são muito fracos. Há a necessidade de construir a trama e ao mesmo tempo ficar pontuando os problemas familiares do protagonista, como o retorno do seu pai e a morte da mãe.


Vejam inclusive que uma das melhores cenas é justamente quando a mãe de Tommy se prostra, chorando, ao pés do seu filho e irmão de Tommy, o reverendo Rufus. Ela se ajoelha e pede para que o referendo reze por Tommy.  A cena esta diretamente interligada com a trama e com a ascensão de Tommy na máfia. Por outro lado, quando o pai de Tommy e Rufus aparece, ele tem apenas a função de demonstrar a infância difícil dos dois e que Tommy gostaria de matar o próprio pai, um erro fatal, que emperra o fluxo narrativo e deixa o filme um saco.


Mas como sempre e habitual nos filmes Blaxploitation, a trilha sonora do James Brown é magnífica, infelizmente, sobressaindo-se em relação ao filme, muito diferente do que se pode ver em Trouble Man onde a trilha de Marvin Gaye está ali, pau a pau com o filme numa relação muito mais simbiótica!

Nenhum comentário: