quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Família Soprano (The Sopranos) Temporada 1, Episódio 2 - 46 Long


                    LIVIA SOPRANO
               Mate-me agora! Vamos, agora! Aqui,
               no peito, pegue a faca do presunto
               e me apunhale, aqui, aqui,
               agora, por favor! Isto me machucaria
               menos do que você acabou de dizer.
                    
                    TONY SOPRANO
               Você sabia, eu conheço idosos
               que são inspiradores!


Sinopse
Chris e seu amigo Brendan roubam um caminhão de uma empresa que paga proteção a Tio Corrado Jr Soprano. Jackie Aprile, o chefe da máfia em New Jersey, que se encontra frágil devido a um câncer, decide que Brendan e Chris devem pagar uma pesada restituição a Tio Junior. Revoltado com o julgamento de Jackie, a dupla decide desafiar a autoridade de Tony e roubar outro carregamento da mesma empresa. A mãe de Tony fica cada vez mais incapaz de cuidar de si própria, quase incendeia sua casa, atropela uma amiga velhinha. Então, após uma violenta discussão com  Tony, este decide interná-la em uma casa de repouso para idosos, que ela insite em chamar de asilo. Ao mesmo tempo, Tony manda seus homens achar o carro roubado do professor de seu filho, o que ele acredita que irá favorecer seu filho diante dos olhos do professor.

Direção: David Chase

Roteiro: David Chase

Elenco: Tony Soprano (James Gandolfini), Drª Jennifer Melfi (Lorraine Bracco), Carmela Soprano (Edie Falco), Corrado "Junior" Soprano (Dominic Chianese), Livia Soprano (Nancy Marchand), Christopher Moltisanti (Michael Imperioli), Antony Soprano Jr - A.J. (Robert Iler), Brendan Filone (Antonhy DeSando), entre outros.

Vou destacar dois aspectos.

O primeiro deles é o personagem de Livia Soprano. Vejam como ele é bem definido, não há uma fala apenas em que ela não esteja afirmando sua personalidade, ela reclama, chora, chantageia, faz drama, é um monstro.

O segundo diz respeito ao final do episódio, parece bobagem, parece simples, mas não é.

As cenas de terapia são muito boas, mesmo que Tony Soprano esteja deprimido, nós sabemos que ele realmente tem problemas e que não se trata de um chorão (o personagem de Livia demonstra isso em cada plano em que ela aparece).

Assim, no momento em que a Drª Melfi toca no ponto da questão, a mãe (e pense em quanto deve ser difícil falar da mãe de um italiano, principalmente do chefa local da máfia?)

Tony se irrita, esbraveja. Mas a psiquiatra diz que ele precisa aprender a lidar com sua raiva, descobrir qual a sua causa, saber como direcioná-la. Tony não dá ouvidos. 

Temos uma cena extremamente tensa e delicada, Tony deixa o consultório nervoso, alguns podem até mesmo achar que ele agrediria a médica ou que ainda mande alguém fazê-lo. Mas não, o que temos na sequência é uma cena leve, numa boate, música eletrônica, garotas semi-nuas dançando.

Então, o barman da boate, uma figura cômica, que não consegue utilizar as funcionalidades de um telefone, começa a ter problemas ao utilizar o aparelho, Tony está por perto e vê o rapaz com dificuldades. Pensamos que ele irá rir da situação, pois a mesma é engraçada, mas não, Tony vai até o sujeito e o agride com o aparelho e depois sai do local.

Vemos então que, temos um momento tenso, a situação do consultório, e depois um momento de descontração, onde pensamos que depois daquele sufoco da cena anterior teremos um pouco de relaxamento (afinal, não é para isso que uma boate de strip-tease serve?) Mas não, temos uma retomada da questão da cena anterior, do fato de Tony não saber de onde vem sua raiva e muito menos saber como controlá-la ou descarregá-la.





Para quem quiser dar uma lida no roteiro, clique AQUI!

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