quarta-feira, 24 de março de 2010

Os Pássaros (1963)



CATHY BRENNER
Can I bring the lovebirds, Mitch? 
They haven't harmed anyone.
MITCH BRENNER
Oh, alright; bring them. 

Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro:Evan Hunter da novela de Daphne Du Maurier.

Casting: Melanie Daniels (Tippi Hedren), Annie Hayworth (Suzanne Pleshette), Lydia Brenner (Jessica Tandy), Mitch Brenner (Rod Taylor), Cathy Brenner (Veronica Cartwright).

Sem muitos comentários. É um filme que talvez tenha fundado um sub-gênero, (animais que se revoltam contra os homens). Muito dos seus recursos, foram, nos anos seguintes, exaustivamente usados por outros cineastas, o que causa a impressão de que o filme envelheceu. O Tema é bom, mas o ritmo é um pouco cansativo, tive dificuldade em continuar assistindo. Destaque para o final, que, na minha opinião, não deixa o filme naufragar.



domingo, 21 de março de 2010

Cruzada (2005)


 



                BALIAN OF IBELIN
            Como você pode estar no inferno, 
            quando está em meu coração?


Tinha tudo para ser um grande filme. O tema é excelente, bons pesonagens, atores bons, o roteiro é interessante, mas tem um erro, um erro que comprometeu o filme como um todo. Vejamos, Se Balian de Ibelin (Orlando Bloom), tivesse aceito a proposta do Rei e casado com Sybilla (Eva Green), mesmo que depois tivesse de entregar Jerusalém, o filme estaria salvo. Mas não, Ridley Scott deixou o herói recusar este pedido, o público  abandonou Balian e ficou vagando sem referência e adotando uma postura hostil em relação ao protagonista. Ainda mais depois do seu falso moralismo, afinal ele já havia matado inimigos, cometido o adultério com Sybilla, com que moral ele recusa se casar com ela depois e salvar Jerusalém, afirmando não poder ser um motivo o pivor da intriga? Ele já estava comprometido até os ossos e poderia eviat a morte de milhares de pessoas.

Isso é para ver como dramaturgia é dificil e que até mesmo os grandes de Hollywood não conseguem acertar sempre e que fotografia, figurino, batalhas, efeitos especiais, e até mesmo uma grande história, não sustentam um filme se ele não tiver uma boa dramaturgia.



Rota Comando (2009)






ALEMÃO
É a boca do dragão!!!


Direção: Elias Junior

Roteiro:  Elias Junior e Ana Carolina Souza, baseado em livro de Conte Lopes.
Cast: Mauricio Bonatti, Alex Moreira, Thiago Guastelli, Flavio Micchi, Che Moais, Ivan Vilabella, João Miller, entre outors.

Há algum tempo um amigo apareceu com o filme. Eu sequer havia ouvido falar e fiquei muito curioso, pois pelo que pude entender, o filme era "extremamente" independente. Eu queria ver o que era um filme "extremamente" independente brasileiro.

Já de início podemos perceber tratar-se de um filme independente. Independente de diversas regras básicas da dramaturgia cinematográfica. Antes de um filme independente, é, por incrível que pareça, um filme subversivo, pois, subverte diversas regras de como contar uma história. O engraçado, no fato de eu considerá-lo subversivo,é o fato de ser um filme baseado em um livro escrito por um ex-policial e sobre a a polícia.

Em primeiro lugar, as cenas são descritivas demais, já de início, os dois bandidos, Vadão e um outro conversam, eles falam, falam e falam sobre a situação, eles simplesmente não fazem nada, apenas descrevem o que aconteceu, acontece e acontecerá.

O filme comete um outro deslize. Ele simplesmente não dá um personagem com quem o público possa se identificar. Sendo um filme que visa mostrar o lado da ROTA e o heroísmo de seus soldados, faz com que nós nos identifiquemos com o Vadão ( .Che Moais é o melhor ator do filme, de longe). Quando ele some, ficamos totalmente perdidos. Depois temos uma miríade de personagens repetitivos e que não conseguem segurar o foco. Vejamos o tal do Tenente Bruno, que parece ser o protagonista. Pensamos que ele irá enfrentar vários desafios para ser aceito na ROTA, nos preparamos, peguntamos, como serão estes testes e treinamento? De repente, ele recebe a braçadeira sem sequer passar por alguma provação. Bruno não tem nenhuma ação concreta no filme, apenas carrega uma culpa por ter tido um subordinado morto em uma ação e no final, irá levar um tiro por uma ação extremamente burra; ele irá se expor a Vadão, que cercado por policiais, vai pedindo a vários policiais, em sequência que se mostrem para ele poder se entregar. Os policiais, numa ingenuidade gigantesca, se mostram... e obviamnete são alvejados pelo criminoso, três, cometendo o mesmo erro, repetidamente.

O roteiro é totalmente episódico, e o que segura o espectador, só pode ser as incursões da ROTA e a prisão esporádica e morte de vários criminosos. Muitas destas ações poderiam ter sido cortadas facilmente e dar ao material maior organicidade.

Há outros problemas terríveis na mise-en-scène, decupagem, direção de atores e o pior de todos, pior do que o roteiro. O som, é impossível ouvir muitas das falas dos personagens.

Mas, agora, vejamos por que estou falando tanto do filme?

Ele tem algumas qualidades e estas dizem respeito a sua vitalidade e coragem (não, eu não estou falando coragem em mostrar a realidade, pois nenhum filme consegue fazer isso, essa maquininha que mostra a realiade, simplesmente não existe). Mas sim a coragem de se arriscarem e de fazerem o filme, de se atirarem no empreendimento, rompendo com diversas regras da produção cinematográfica (embora pareça ser mais por preguiça do que por virtuosismo). É um filme com vida, que o público acaba se identificando, as pessoas param para dar uma olhada no que você está vendo e vão até o final. Algumas cenas tem uma mise-en-scène bem estranha e isto dá uma verdade artística ao filme.Como a cena em que o soldado é morto, e outro ao tentar segurá-lo cai, no chão ainda abraçado ao amigo alvejado.

Bem, já me prolonguei demais, mas o que queria ressaltar é que as vezes é necessário vermos estes filmes. Eles podem não apenas nos ensinar muito, mas muito mesmo sobre cinema, sobretudo se conseguimos ir analisando os seus  problemas, mas podem também trazer elementos novos a uma dramaturgia viciada e estagnada.




quarta-feira, 17 de março de 2010

Suspicion (1941)

 

JOHNNIE AYSGARTH
If you're going to kill someone, do it simply. 



Direção: Alfred Hitchcock

Roteiristas: Samson Raphaelson , Joan Harrison , Alma Reville. Da novela de Anthony Berkeley "Before the Fact".
Estou desenvolvendo uma história policial, com direito a assassinos seriais e muito suspense. Estou com boas idéias e inspirado. Por isso resolvi reestudar e rever o grande mestre Hitchcock. Comecei lendo o livro de entrevistas que o Truffaut realizou com ele, e creio que, sem afetação, este seja um dos principais livros da história do cinema, não é coisa de cinéfilo não, ali Hitchcock fala de toda sua obra, da passagem do cinema mudo para o sonoro e do branco e preto para o colorido, fala de sua mudança para os EUA. Há muitas curiosidades, tais como esta sobre o filme Suspicion, onde Truffaut fala de uma cena famosa:

Truffaut: Quando Cary Grant sobe a escada é ótima.

Hitchcock: Eu tinha mandado por uma luz dentro do copo de leite.

Truffaut: Um projetor dirigido para o leite?

Hitchcock: Não, no leite, dentro do copo. Porque tinha de ser extremamenteluminoso. Cary Grant sobe a escada e era preciso que só se olhasse para aquele copo.





Mas não é só curiosidade de cinéfilo não, Hitchcock fala muito de questões técnicas, como a já citada e também sobre roteiro e dramaturgia. Uma das questões que estavam me incomodando quando fui reler o livro, era sobre a interminável discussão sobre verosimilhança.

Hitchcock: A verossimilhança não me interessa. É o mais fácil de se fazer. Em Os Pássaros , há uma cena longa no bar onde as pessoas falam de pássaros. Entre estas pessoas, há uma mulher de boina, que é justamente uma especialista em pássaros, uma ornitologista. Está lá por mera coincidência. Naturalmente eu poderia ter filmado três cenas para introduzí-la de modo verossímel, mas estas cenas não teriam o menor interesse.

Truffaut: E para o público seria uma perda de tempo.

Hitchcock: Não é só uma perda de tempo, mas seriam como buracos no filme, buracos ou manchas. Sejamos lógicos: se você quiser analisar tudo e construir tudo em termos de plausabilidade e verossimilhança, nenhum roteiro de ficção resiste a esta análise e você só poderá fazer uma coisa: documentários.

Truffaut: É bem verdade. O limite do verossímil é o documentário. Aliás, os únicos filmes qu gozam da unanimidade da crítica mundial são, em geral, os documentários com a Ilha Nua, em que o artista oferece seu trabalho, mas nada que venha de sua imaginação.

Hitchcock: Pedir a um homem que conta histórias para ter em mente a verossimilhança me parece tão ridículo como pedir a um pintor figurativo prara representar as coisas com exatidão. Qual é o cúmulo da pintura figurativa? É a fotografia em cores, não é? Concorda?
Há uma grende diferença entre a criação de um film e de um documentário. No documentário o diretor é Deus , foi ele quem criou o material de base. No filme de ficção , o diretor é que é um deus, ele é quem é que deve criar a vida. Para fazer um filme é preciso justapoir massas de impressões, massas de expressões, massas de enfoques e, contanto que nada seja monótono, deveríamos dispor de liberdade total. Um crítico que me fala de verossímil, é um sujeito sem imaginação.

Truffaut: Observe que, por definição, os críticos não têm imaginação, e é normal. Um crítico imaginativo demais não conseguiria ser objetivo. É justamente esta ausência de imaginação que os leva a preferir as obras muito despojadas, muito nuas, aquelas que lhes dão a sensação de que eles quase poderiam ser seus autores. Por exemplo, um crítico pode se achar capaz de escrever o roteiro de "Ladrões de Bicicletas", mas não o de "Intriga Internacional", e, inevitavelmente, consegue pensar que " "Ladrões de Bicicletas" tem todos os méritos e que "Intriga Internacional" não tem nenhum.

Hitchcock: Justamente, você cita "Intriga Internacional", a crítica do "New Yorker" dizia que eraum filme "inconscientemente engraçado". Na verdade, A filmagem de Intriga Internacional" foi uma imensa brincadeira; quando cary Grant estava no monte Rushmore, eu queria que ele se refugiasse dentro da narina de Lincoln e que ali começasse a espirrar violentamente, teria sido divertido, hein?

Bem, fico por aqui, senão acabo transcrevendo o livro todo. Mas fica ai a dica, leia o livro e veja os filmes.



quarta-feira, 10 de março de 2010

Oscar - 82º Prêmio da Academia de Artes Cinematográficas e Ciência


Bem, até que enfim consegui um tempinho para falar sobre a premiação ocorrida no último domingo. No geral, eu gostei bastante, fiquei realmente surpreso com a vitória de Hurt Locker e achei-a merecida, sobretudo com a decepção do Oscar de 2009 que consagrou Slumdog Millionaire.

Como já havia comentado, Hurt Locker é um grande filme e fez juz aos seus prêmios, sobretudo ao de roteiro original, ao de direção e de melhor filme. Sem se fundamentar em uma visão simplista da guerra, Hurt Locker venceu o Oscar, e seu mérito não diz respeito apenas pela quantidade de prêmios, mas sim por vencer nas principais categorias.

O fato de a Academia conceder seu primeiro prêmio de direção a uma mulher também é bastante significativo, sobretudo se o que fora premiado tenha sido, em primeiríssmo lugar, o excelente trabalho, e que jamais alguém seja preterido em função de qualquer tipo de opção, crença, ou outra diferença qualquer, a não ser a distinção e a qualidade do trabalho.

A vitória de Hurt Locker sinaliza a premiação da qualidade de um grande filme, independente de sua proposta ser comercial e/ou estética, ou de imensos valores de produção. A impressão que tive desta premiação é como se a Academia passasse ao largo das distinções entre cinema "de arte", ou "cinema comercial" e buscase um denominador comum entre estas distinções. Em minha opinião, realmente venceu o melhor.


Em relação aos prêmios, pensei que Avatar venceria, claro que pelas suas qualidades técnicas e comerciais. Mas a academia entendeu que Avatar já fora devidamente recompensado. Na minha opinião, Cameron seria o vencedor do Oscar de melhor direção e Hurt Locker venceria roteiro original e melhor filme.

Quanto a melhor ator, torci para Clooney, mas confesso, Jeff Bridges fez um excelente papel e não me decepcionei com o reconhecimento, não só pelo filme, mas por toda uma carreira. Não acertei, mas achei justo.

O que, não só não gostei, como o que me surpreendeu foi o prêmio de roteiro adaptado. Realmente ainda não entendi muito bem. Uma categoria tão boa, com verdadeiras pedreiras, como o meu favorito, Up In The Air, e An Education e District 9 premiar um filme razoável. Isto eu adoraria discutir e poder entender melhor. Eu entendo que a personagem Precious é incrível e blábláblá. Tem uma integridade moral impressionante, mas convenhamos, o que ela poderia fazer a não ser resignar-se? Abandonar aqueles sonhos infantis e enfrentar a necessidade e urgência de amar suas pobres crianças condenadas? Não quero desqualificar o filme, de modo algum, tanto que acredito no potencial e até na legitimidade do prêmio de Mo'nique embora, convenhamos, seja mal dirigida e caricatural. 

 

Ao meu ver, ao premiar Precious a Academia foi complacente com o filme por ele tratar de questões sociais delicadas, importantes não só da sociedade norte-americana. Mas isto não é novo e temos centenas de filmes tratando destas questões e de modo bem menos condescendente. Ao meu ver, ao inciarem estes trabalho, a idéia norteadora deve ter sido: " vamos procurar a pessoa mais ferrada da face da terra" e vamos fazer um filme sobre ela. O mínimo que podiam fazer era dar um pouco de dignidade a esta pobre coitada. Antes do que denúncia, é um show de horrores que serve apenas para que as pessoas exercitem e demonstrarem seu lado "bonzinho" ao se compadecerem de Precious.

 

O talento de Gabourey Sidibe se mostrou algo impressionante e espero que seja melhor aproveitado em seu próximo filme. Que ela fuja de papéis estereodipados e, sobretudo, do papel de vítima resignada das circunstãncias.

Outro que tinha por certo sua premiação foi Up. Sem dúvida, com um roteiro bastante original, era quase certa sua vitória em Longa de Animação, e que mostrou seu favoritismo em Trilha Sonora.



Diga-se de passagem, é um dos melhores trabalhos dos últimos anos. Impecável em sua sutileza e beleza, sobretudo pela originalidade do roteiro. Por exemplo, alguns paradigmas narrativos (Propp, Campbell e Vogler ) fazem menção ao chamado à aventura. É incrível como em centenas de filmes podemos encontrar este chamado, e geralmente a recusa ao mesmo.(alguns definem que "o chamado" está presente em todos) Vejamos o caso de Gladiador várias vezes comentado neste blog. Maximus recusa o pedido do Imperador de assumir o trono. Em Avatar, Jake é chamado à aventura por ter-se tornado paralítico e só não recusa em assumir o lugar do irmão, pois só atendendo ao chamado é que ele poderá voltar a andar. De certo modo, em Hurt Locker, James não só atende ao chamado da guerra, como não quer retornar. Há inúmeros casos, mas atendo-se ao caso de Up, Carl Fredricksen simplesmente esquece do chamado durante toda a a sua vida e só no final o atende. Achei isto muito bem feito e bem realizado. É claro que o roteiro tem outros méritos, mas deixemo-os para outra ocasião.

Como eu esperava, os irmãos Coen desta vez ficaram de fora, assim com Invictus e Up in The Air. Mas é claro que não podemos esquecer que a indicação por si só já é um grande feito.

Por fim, fica os parabéns ao cinema argentino, com seu segundo Oscar o cinema portenho mostra que pode ser uma referência cinematografica na América Latina.

para quem se interessar em ver todos os premiados, clique Aqui!

domingo, 7 de março de 2010

Precious: Based on the Novel Push by Sapphire (2009)




PRECIOUS
Am I in trouble? 


Direção: Lee Daniels
Roteiro: Geoffrey Fletcher baseado na bovela de Sapphire   

Cast: Precious ( Gabourey Sidibe ), Mary ( Mo'Nique ), Ms Rain ( Paula Patton ), Ms Weiss ( Mariah Carey ), Joann ( Xosha Roquemore )entre outros.


Bem, sem muitos comentários. Mas convenhamos, é um melodrama bastante pesado, pesado demais! Um pouco de sutileza é bom, senão a a gente acaba rindo da desgraça alheia, como a Joann, é tanto sofrimento que a gente acaba anestesiado e percebe que é pura encenação.


Crazy Heart (2009)



Coração Louco

Aqui não há lugar
para quem está cansado
Aqui não há lugar
para perder a cabeça
Aqui não há lugar
para ficar para trás
Pegue seu coração louco
e lhe dê mais uma chance.


Direção: Scott Cooper

Roteiro:Scott Cooper da novela de Thomas Cobb.

Cast: Bad Blake (Jeff Bridges), Jo Ann (Beth Grant), Tommy Sweet (Colin Farrell), Wayne (Robert Duvall), entre outros.

Simplesmente não dá para descolar de Tender Mercies (A Força do Carinho), ainda mais com o Duvall. A temática é bem parecida. Mas mesmo assim, é um bom filme, com uma interpretação realmente boa. Mas ainda acho que o Clooney leva o Oscar deste ano. E não esqueçam a indicação, quem gostou deste DEVE ver Tender Mercies.


segunda-feira, 1 de março de 2010

Up in the Air (2009)

 

FLIGHT ATTENDANT
Would you like the cancer?


RYAN BINGHAM
What?


FLIGHT ATTENDANT
Would you like the can, sir? 



Direção - Jason Reitman

Roteiro - Jason Reitman e Sheldon Turner da novela de Walter Kirn

Cast - Ryan Bingham (George Clooneye  Alex Goran (Vera Farmiga).

Revi o filme ontem à noite e é realmente muito bom. Indicado a seis Oscar, tendo ganhado 44 prêmios, sendo destes, 17 pelo roteiro. Grande favorito ao oscar de melhor roteiro adaptado e foco de uma grande disputa que obrigou Jason Reitman dividir os créditos com Sheldon Turner, sem ambos nunca terem trabalhado juntos. Assim que eu tiver um tempinho pretendo ler os dois roteiros para me inteirar melhor sobre a polêmica autoria do mesmo. Para quem se interessar pela discussão e pelos roteiros, dêem uma olhada aqui.